30 agosto 2007

Dia Seguinte

Tá brincando comigo. Como sempre. Me manda embora e depois quer graça.
É isso mesmo. Quer que eu fique de graça. Não, não adianta torrar o meu tempo. Pra não dizer outra coisa.
Não vou te mimar mais e nem dar mais aquela atenção que eu dispendia durante horas a fio, só pra te satisfazer. Claro, pra me satisfazer também, tu achas que sou burro? Vou te dar carinho e prazer e depois te ver virar pro lado e dormir... Obrigado, mas não. Esse trouxa já não é mais o mesmo que se sentia pisado e calava. Não vou te ouvir me julgando e me avaliando o tempo inteiro. Tô indo embora e tu não vai me segurar de maneira alguma. Cansei de ser bobo.
Por quê? Mas és cara de pau mesmo hein? Andei na chuva e no escuro da noite mais escura só pra te ter nos meus braços, que podem ser curtos, mas que quando tinham você entre eles sentia que podia abraçar o mundo.
Tá fazendo de novo. Tentando me persuadir a te dar atenção. Esquece! Ó, tá vendo? Me lambendo com palavras outra vez. Gostou? Lambendo com palavras...
É isso que tu faz. Me lambe com palavras.
Essas lambidas bem escolhidas, sabe? Pornográficas mesmo.
To saindo do meu foco. Me esquece! Não quero mais. Não me lembro mais da noite passada. Se é que houve noite passada. Vou espalhar o resto de nós pelos cantos da casa. Lá vai um pedaço seu se derramando na sacada.E o meu coração indo pelo ralo.
Ou sei eu lá. Qualquer outra parte. Deve ser outra parte mesmo, porque o meu coração arrancaram faz tempo do meu peito. Lembra? Foi tu!
Dane-se o papo sentimentalóide. Não quero me fazer de vítima. Só vou te dizer que não te uso mais. E não pensa que vai me usar também.

Ai ai.

Agora não me lembro se eu tava falando de você, ingrata, ou da vodka, maltida.

28 agosto 2007

Pecado Pirata num Mundo Original

Pensando na globalização mundial e no crescimento exacerbado da economia chinesa, (como qualquer outro cidadão que não entende coisa nenhuma de economia) a mídia atual só me leva a pensar uma coisa: -Eu preciso daquele iPod!
E é assim com tudo. Desde um shampoo importado feito com produtos nacionais (isso mesmo) até produtos nacionais produzidos com tecnologia importada.
Mas os países pobres sempre sabem como sair da crise de estagnação que os assola. Como o Brasil! Não posso comprar um iPod, mas aíPod comprar um mp4 da Foston. Desde que seja parecido, tudo bem. To sem grana pra ir ao cinema assistir o Bruce Willis destruir meia cidade, mas se eu passar ali no camelô e fizer uma vaquinha com o meu primo eu posso comprar o DVD "qualidade boa mano, legenda em português - é cinco pila" pra ver em casa.
E continua. Nas calçadas milhares de ambulantes se acotovelam durante horas ao sol pra vender o seu pão de cada dia. Tênis da Myke, mp3 da Somy e um Polystation original! Uau! Sobrou até uma grana pra comprar aquela jaqueta da Faridas (a marca das 4 listras) que eu tanto queria.
To chegando à conclusão que a única coisa original neste mundo é o bom e velho pecado.

22 agosto 2007

Perfeita Maionese

Tudo o que João Pedro queria era a mulher perfeita. Buscava por isso como se fosse a procura pela verdadeira maionese, e como se por ironia do destino havia achado a verdadeira maionese, mas jamais encontrara a mulher perfeita. Perdeu anos de sua juventude nessa pequena busca infrutífera, pensando consigo mesmo que tal mulher não existia.
Sentado em casa bebendo o seu café amargo recordava-se das mulheres que já haviam passado pela sua vida, e lembrou que todas elas possuíam pedaços de características que num todo, chegariam a ser a mulher que tanto desejava. Pensou em Letícia, que não possuía nada de especial em termos de beleza, mas era dotada de inteligência e cultura superiores. Lembrou-se de Carla, que era jovem e linda, com o rosto e o corpo mais bonitos em que já pôs as suas mãos, mas em compensação lhe faltava discernimento para juntar mais de cinco palavras numa frase. Entre todas, essas eram as mulheres que mais lhe faziam falta. Uma pela conversa nos bares e em casa, que tomavam horas de discussões sobre cultura, política e religião; e a outra pelas horas de prazer que eram proporcionadas em todos os cômodos da casa.
Depois de muitos balanços de sua vida, vendo que esta passava como um carro sem freio em direção ao curto túnel entre a velhice e a morte, João resolveu que era hora de parar. Decidiu assumir a sua identidade de solteiro e entregar-se a viver a vida da melhor maneira que pudesse, estando ao lado de uma mulher ou não. Foi então que o destino decidiu intervir como só ele mesmo pode fazer.
O nome dessa intervenção: Anna. João conheceu Anna numa noite de sábado chuvoso em uma dessas cantinas tão tradicionais que os candelabros com as velas acesas sobre a mesa pareciam ter vindo direto do século XIX, e onde a comida era tão magnífica que atraía público vindo de longe para apreciar a delicada arte culinária da dona do local. João estava sentado em uma mesa num dos cantos esperando um pequeno grupo de amigos quando vislumbrou Anna deslizando pelo restaurante acompanhada de uma amiga.
No momento do primeiro encontro, João teria ficado paralisado. Atônito. Ele mesmo tinha certeza de que não conseguiria olhar de novo em outros olhos senão aqueles castanhos que o miravam com tanta firmeza. Anna, que sabia que João a apreciava, em momento algum ficara envergonhada ou inibida pelos olhares. Não só retribuía como também se insinuava para João de maneira que este nunca tinha visto em mulher alguma. Mas não era só o jeito feminino, a personalidade forte e cativante e a beleza de Anna que apaixonaram João. Beleza essa que poderia ser comparada a um afresco dos grandes mestres das catedrais da Europa. A inteligência e a cultura de Anna aguçaram ainda mais a vontade de tê-la ao seu lado. Ambos sem se conter, logo após o jantar e muitas taças de vinho, se entrelaçaram em um demorado beijo, que acabou por levar o casal até o apartamento de Anna. Em um furor incontido levado pelo álcool e pela paixão, passaram a noite acordados, cada um fazendo do corpo do outro o seu próprio num ballet de pernas e braços emaranhados, que se repetiram várias vezes com o passar da madugrada.
O interesse de um pelo outro gerou depois de poucos encontros um compromisso. Anna sentia-se feliz ao lado de João. Mas João, esse sim poderia dizer com todo o orgulho de seu peito que encontrara a mulher que tinha procurado durante anos.
Não era só o fato de ser uma mulher bonita e inteligente. João gostava de tudo nela. Acordar ao seu lado e vê-la de cabelo espalhado, o bigodinho de açúcar que ficava em seus lábios quando comia um sonho de padaria, aquele pequeno tique de morder a ponta da caneta enquanto trabalhava ou até mesmo a mania que chegava a ser implicante com as coisas em ordem dentro de casa.
...
Cheiro de queimado. João sentia sempre. Havia momentos em que achava que era a sua mente tentando deixá-lo maluco, ou se era por causa do braço queimado no incêndio levou o amor de sua vida, sua saúde e um pedaço da sua própria carne. Via-se sentado novamente naquela barra do farol onde espalhara as cinzas de Anna. Achava cômico cremar alguém que morreu queimado, mas esse foi o desejo da família dela, e João já estava cansado de divergir com eles a respeito de qualquer coisa.
Não sabia porque mas parecia que o farol sempre chamava por ele. Era a única companhia que tinha. Perdera os amigos e a família que não suportava mais a revolta com o destino que tinha levado até ele a mulher de sua vida, acabara levando ela de uma maneira tão brutal.
Sentia-se sozinho sempre. Nada mais importava pra ele. Queria precipitar-se nas águas, que revoltas, pareciam chamar-lhe para um último salto. Mas falta a coragem a João. Sabia que teria que sofrer a dor da perda pelo resto de sua vida. Era a sua missão. O seu karma.
Sentia que seria perda de tempo procurar outra mulher para preencher a falta que sentia dela. Já procurara. Nenhuma mulher era boa o suficiente. Comparava as outras que possuía apenas por necessidade carnal. Não era o mesmo corpo bronzeado, os mesmos seios macios e as pernas grossas. O cabelo ondulado ou aqueles olhos castanhos que o prendiam. A inteligência de professora, de quem tinha paciência não só pra ouvir, entender e debater, mas também pra ensinar. Jamais passaria a madrugada sentado na poltrona no canto do quarto olhando qualquer outra mulher dormir, como fazia com Anna, e ela nunca ficaria sabendo. Não tinha vontade de dedicar-se a outro amor como antes, porque sabia que o sentimento que tinha não iria se repetir. Não se duplicaria.
Restava apenas a João chorar pelo amor perdido e pelo sentimento entranhado em seu coração, porque o verdadeiro amor não chega duas vezes. Por isso se chama amor verdadeiro.

06 agosto 2007

Ao Telefone

- Boa noite, eu gostaria de falar com o senhor Armando Justo.
- Pois não, quem gostaria?
- Aqui é Márcia Antunes da fire-o-matic, e gostaríamos de estar oferecendo um serviço indispensável para a sua vida.
- Eu consegui viver até hoje sem isso?
- Sim senhor, mas....
- Então boa noite.

-Bom dia senhor, aqui é da PlusCard, um cartão de vantagens para o senhor. O senhor gostaria de estar sabendo o que é o Cartão PlusCard?
- Vai envolver algum custo?
- Veja bem, o senhor vai estar pagando uma pequena taxa de apenas....
- Então não quero, obrigado.

- Boa noite senhor, aqui é o serviço de satisfação do cliente Telemig, nós gostaríamos de estar sabendo como anda a prestação do nosso serviço....
- Vocês querem saber minha filha? Então anota a porra do protocolo que eu vou estar enviando um técnico-bomba até aí pra resolver o teu caso!

- Senhor, o senhor já recebeu em sua casa o mais moderno sistema de...
- Já tenho lança granadas, obrigado.

- Senhora...
- AI MEU DEUS O MEU FEIJÃO!

- Senhor, o senhor foi indicado para uma promoção incrível, onde o senhor vai estar efetuando o pequeno pagamento de uma taxa...
- Fui indicado? Por quem?
- Senhor, essa informação é confidencial.
- Me fala aí minha filha, que é que me indicou.
- Infelizmente senhor, eu não vou poder estar fornecendo essa informação.
- Me fala quem foi o filho da puta que me indicou pra um telemarketing que liga às 9 da manhã de domingo pra me acordar e me oferecer creme anti-celulite que eu vou enfiar o telefone no rabo dele sem essa porra de creme!

27 abril 2007

Êta Paisinho Difícil

E eu pensando (atrasado): esses dias foi feriado de Tiradentes. E o povo brasileiro não se importa a não ser pelo contexto em que o dia está inserido: feriado. E a gente torce pra que o feriado caia numa terça, ou melhor ainda numa quinta (bate na barriga com as duas mãos e diz: essa semana eu só trabalho até meio-dia na quarta. Depois eu fico enrolando até as cinco). E se pergunta se é dia vinte e um ou vinte e dois de abril. “Sempre me confundo com a data do descobrimento...”.
E sai o brasileiro para o seu merecido descanso às cinco da tarde de quarta-feira. Merecido mesmo o seu descanso, porque trabalha-se duro e ganha-se pouco nesse país (como diria o político com uma súbita síndrome de sinceridade: “meu povo, a verdade é que vocês vão trabalhar como japoneses para ganhar como chineses”). Pega o carro e a esposa em casa e se atira pra praia!
Fugi do tema. E o Tiradentes? Bem, se Tiradentes tivesse um corpo inteiro para ser enterrado, o seu esqueleto na terra teria se remexido todos os feriados de lá pra cá. Nem curtiria um bronzeado maneiro da praia, tomando aquela gelada!
Tiradentes ficou sem um solzinho (nem feriado) por três anos antes de ser enforcado e esquartejado. Para servir como exemplo (e minha mãe sempre dizia: procura alguém que te sirva de bom exemplo pra vida). Exemplo de que não era permitido protestar contra a coroa Portuguesa. Lutava pela libertação do Brasil e protestava contra o imposto abusivo que Portugal cobrava sobre o ouro em Minas Gerais (com mais meia-dúzia de cabeças – o que nos remete também ao dedo-duro da época do império). E o imposto era realmente um absurdo. Vinte por cento. Caralho ô pá! Que roubo!
E o que tem o brasileiro a ver com isso? Nada. Brasileiro não paga vinte por cento de imposto em nada! Paga mais! Em tudo! Como exemplo posso citar alguns itens (que não são ouro, mas que são mais necessários que ele): a cerveja que eu tomo enquanto digito em meu computador: 56%. Tá certo, bebida alcoólica tem que ter imposto alto mesmo! – gritariam os puritanos. Mas e os puritanos que bebem água sabem o quanto se paga de imposto? Hein, hein? 45,11% numa garrafa. Orgulhem-se! Já é menos que a metade. E a gasolina que leva o brasileiro em direção as nossas belas praias no feriado (esse mesmo, o de Tiradentes) nos custa nada mais nada menos que 53,03%. E aposto que os puritanos curtem esticar uma praia no feriado com o seu carro a gasolina.
O feriado em que ninguém pensa o motivo pelo qual aconteceu (como tantos outros no Brasil) teve o intuito de fazer lembrar um cara que morreu há anos atrás para libertar um povo de um mal que já assombrava o país naquela época. O mesmo povo que hoje não dá a mínima (a não ser pelo feriado).
Me leva a refletir que o cara morreu em vão mesmo, porque além de ninguém honrar o motivo da sua morte, lembrar a data nem pensar. Mas não saber o nome do cara é o cúmulo. Acabei de ver na TV (parece mentira) a garota universitária no auditório do programa de TV, num desses de entrevista que passam de madrugada. O cara que conduz o programa pergunta à platéia: “Quem foi Joaquim José da Silva Xavier?” – e a garota demonstrando o seu alto grau de conhecimentos gerais responde (repito, parece mentira): “era o nome de Chico Xavier!” Caralho ô pá!
Agora eu pergunto: morreu enforcado pra quê?

11 março 2007

Num Samba Curto

Meu samba andou parado
Até você aparecer mudando tudo
Lançando por terra o escudo do meu coração em repouso
Ontem uma rocha fria, hoje assim exposto
Deixando entrar sem medo a vida aquilo que eu não via
Só agora eu reparei que não vi seu rosto
E que você partiu sem deixar seu nome

Só me resta seguir rumo ao futuro
Certo de meu coração mais puro
Quem quiser que pense um pouco
Eu não posso explicar meus encontros
Ninguém pode explicar a vida
Num samba curto

07 fevereiro 2007

Declaração de Amor ao Avesso

O que não entendes mulher, é que eu seria capaz de te levar café na cama todos os dias, com uma rosa cultivada em nosso próprio jardim. Queria eu poder me dedicar a você, amando-te mais do que a mim mesmo e do que qualquer outra pessoa. Poderia ver-te crescer e envelhecer ao meu lado, e ainda assim te amaria até o último dia da minha vida.
Mas já não quero mais isso.
Não adianta chorar pra mim, porque as tuas lágrimas já não me comovem mais. Não queira olhar pra mim, pois esses teus olhos, onde antes eu poderia me perder pra sempre, já não me despertam mais sentimentos. Essas suas bochechas coradas, antes minhas, já não me pertencem mais e não quero mais beijá-las ou acariciá-las de qualquer maneira. Gostaria de dizer-te que não adianta mais mexer pra mim os cabelos que eu já cheirei e acariciei. O único cheiro que ainda sinto vindo deles é o cheiro de mágoa e saudades que ficaram entre nós dois. As suas coxas quentes em dia de inverno, só me trazem o reflexo do frio distante que é o teu coração. Cansei de esperar que algo como apreço viesse de ti. Agora o que posso esperar é que não tornarás mais a ver aquele homem apaixonado e feliz por te dar todo o meu carinho.
Só quero dizer não quero mais. Não quero mais sofrer ao teu lado, nem sorrir ao teu lado. Não quero mais passar as tardes de sol, deitado na grama fazendo planos e dizendo o quanto eu te amo. Não olharei para trás e nem direi que me arrependo. Direi apenas que as lembranças que trago comigo agora moram distantes do meu peito.
Mas te vendo assim, dormindo nua em minha cama, posso apenas desejar que me queira sob a carícia dos meus dedos e sob o zelo do meu coração.

22 janeiro 2007

Galope

-Pois sente aqui meu caro e pensa o que tem de bom nessa estrada de pedra, onde eu sento todo dia pra olhar a morena passar. Sabe aquela morena que passa todo dia montada num cavalo, com um vestido azul marinho, pés sem calçados e um olhar naqueles olhos escuros, de onde eu poderia me perder pra sempre. Pois me sinto um frouxo de não chegar e falar pra ela que poderia ser eu o homem dos olhos dela, e que só seria metade do caminho porque ela já é a mulher dos meus. Sentado aqui dia após dia eu vejo passar todo tipo de carro, embarcação e caminhão, mas não tem nada mais bonito que ver ela que me toca o coração.
-Sei lá quem é ela, que pergunta besta, não te disse que não falo nunca com ela, e o máximo que já troquei de informação foi um olhar tímido. Pois sabe que se pra ela foi um olhar rápido de que ela nem deve lembrar, pra mim pareceu uma passagem de tempo parado daqueles que a gente vê em filme de amor.
-Não falo com ela porque sou um frouxo, já disse. Não consigo. Simplesmente me baixa a cortina ignorância que transforma esse cidadão que todos julgam culto num típico candidato à escolinha noturna. E você sabe que não tenho problemas pra tratar com ninguém. Discuto política com mendigo e futebol com advogado. Mas ela passa por aqui e as pernas tremem e me bate uma moleza no corpo que me paralisa.
-Pois então tu acha que eu não sei que eu posso tá me privando da minha felicidade. É claro que eu sei pô. Mas saber que ela pode me dizer um não e virar as costas pra mim, aquelas costas que eu desejo beijar e acarinhar e abraçar com tudo o que os meus braços podem dar isso seria o fim pra mim. Além do mais eu sou um cara que não tem nada além do que as pessoas julgam ser inteligência ou esperteza, não sei. Tudo o que eu quero ou preciso os outros me dão. Como eu ia sustentar um luxo de por um sapato no pé dela, o senhor pode imaginar?
-É só o que eu quero. Sentar aqui e me sentir o mais próximo possível dela. Pra que o senhor pode pensar. Um dia alguém me disse que a felicidade é um trem que bate desgovernado no coração e arrebenta a gente de sorrisos. Essa é a diferença. A minha felicidade vem a galope num cavalo tranqüilo. Ela só anda mais devagar.
-Pois sempre que quiser apareça, tenha uma boa tarde o senhor também, meu caro.