26 novembro 2008

O Prazer da Carne

Esses dias eu recebi uma apresentação daquelas que todos recebem, falando a respeito da criação de carne de vitela. A apresentação mostrou todos os aspectos negativos do consumo da carne de vitela, alegando que o animal tem uma vida sofrida antes do abate e que é desumano o consumo deste tipo de carne, devido justamente às condições de criação do "baby-beef". O e-mail incentiva é claro o não consumo da vitela.
Ok, as condições são desumanas e o animal sofre. Deixarei de comer carne de vitela por isso? Claro que não. Se as condições de criação deste tipo de alimento não são as mais legais para o animal, pros outros animais também não é. Os frangos vivem uns sobre os outros, comendo e cagando todos amontoados. Os porcos são castrados para que fiquem gordos e grandes. Toda a criação de animais é assim, e o abate também não é a coisa mais bonita de se ver. Seria muito mais bonito se tivéssemos um ambiente livre para os frangos e um lugar cheio de vida para as vacas, mas infelizmente isso não é possível, porque os criadores querem é saber de dinheiro. Pararia eu de comer carne então? Óbvio que não!
Qual o motivo que eu daria para não parar de comer carne depois de todo esse discurso em prol dos animais? Alguns poderiam achar cultural, ou alguém pode assumir que eu direi que é porque a carne é saudável. Eu digo que como carne porque gosto e quanto a isso não há desculpas ou argumentos para me convencer de deixar de comer carne.
A maioria das pessoas próximas a mim são carnívoras convictas. Nenhuma delas ficaria tentada a pedir uma salada Ceasar e deixar de lado um bife ao ponto, e isso não é porque elas acham que culturalmente a carne é mais apropriada para um jantar. É porque elas preferem carne mesmo.
O problema é que nos últimos tempos, tenho me tornado um imã de vegetarianos. Tenho algumas pessoas próximas que se dizem vegetarianas e quase arrumei confusão com um desconhecido que me abordou na rua esses dias. Por quê? Te conto o motivo. Essa maldita mania de que as pessoas tem em transformar as coisas em que elas acreditam em uma pseudo-religião é que atrapalha a convivência pacífica entre a sociedade já há mais de dois mil anos.
O cidadão me aborda na rua e pergunta se eu sou vegetariano. É claro que a minha namorada tentou apaziguar a situação, mas já era meio tarde, porque além do crente da alface me encher o saco, ele ainda me julga, dizendo que eu não tenho cara de vegetariano. Tava feito o rolo. "...os animais tem o mesmo direito de viver do que você", disse o mal acabado. Eu teria respondido se não fosse o puxão que eu tomei, novamente vindo da iniciativa da minha namorada. Os caras tratam isso como uma religião mesmo. E isso não é o pior. O pior é que eu ainda tenho que ouvir uma baboseira típica de testemunha de Jeová sobre o caso todo.
Procurando um pouco mais a respeito dessa "religião" ou até mesmo de grupos de carnívoros convictos na internet, descobri que não só não existe um grupo formal de carnívoros convictos, como também os vegetarianos são muito organizados. Existem manuais de convencimento, mostrando argumentos para "converter" um comedor de carne, como eles mesmos chamam.
Não pretendo criar uma rixa entre vegetarianos e carnívoros. A minha intenção é de que as pessoas convivam umas com as outras, independentemente do que elas comem. Não me importune se eu como animais mortos e eu não te importuno por comer folhas mortas. É isso que faz a gente conviver em paz pra criar um mundo melhor pra todo mundo. Inclusive para os bichos.

05 novembro 2008

OBrahma

É, o primeiro presidente negro dos Estados Unidos. Negro com nome de "árabe" (pra quem não sabe, o nome do moço é Barack Hussein Obama II), vencendo o próprio preconceito contra a etnia negra, que é parte representativa no país. Isso mostra que a população estadunidense está muito adiantada no que diz respeito às eleições, contrariando o seu próprio sistema eleitoral. Métodos antigos como o de cédulas é o que prevalece por lá. E o que é o sistema de "delegados" que eles utilizam? A maioria dos próprios americanos não entende este sistema.

Ok, o sistema eleitoral é antigo, ultrapassado e obsoleto, os jornais brasileiros apregoam a cada notícia espalhada pela imprensa brasileira. Criticar a máquina de roçar grama do vizinho é fácil. Difícil é olhar pro seu quintal e ver que nem grama tem.

Quando digo isso não quero gerar polêmica. Longe de mim isso aqui virar ponto de debate. Só quero dizer o seguinte: o povo brasileiro fica achando que só porque os caras lá votam com cédula o sistema deles é fraco e o nosso é forte, só por usar tecnologia (acho muito bom por sinal, isso não é questionável). Aqui é o contrário. Sistema forte, eleitores nem tanto.

Explico: pouca gente sabe, mas nessas eleições presidenciais os americanos votaram também para senador. A própria TV brasileira noticia que "os candidatos em sua maioria são promotores, juízes e xerifes em seus estados". Isso me faz refletir que se ao mesmo tempo o sistema de votação é uma porcaria, a representatividade é muito alta. Esse tipo de coisa não é dita por ninguém. Questionáveis são os representantes brasileiros como Lacraia, Batoré (eleito), Rita Cadillac (ela sabe escrever Cadillac?), Sérgio Mallandro (com dos "éles") e Frank Aguiar (vice-prefeito eleito de São Bernardo do Campo). E o eleitorado brasileiro leva numa boa. É só ver que "personalidades" como essas que não tem o mínimo de conhecimento de administração pública, muitas vezes se elege com folga (a exemplo dos citados acima).

Beleza, alguém vai me dizer que isso é democracia. Todos tem o direito de se candidatar. Não deveria.

Sei que fugi do assunto, mas nesse pequeno pensamento eu só quis mostrar que apesar de todos acharem que o Obama vai mudar alguma coisa pra alguém por aqui só porque a imprensa faz carnaval por ele ser o primeiro presidente negro por lá, temos que parar de pensar no vizinho e começar a pensar em quem vai plantar a nossa grama.

22 outubro 2008

Tá difícil

Eu sei que a inflação subiu. Imagina o preço dos contos e crônicas.
Algumas eu nem consigo mais comerciar. O custo de uma alegre então...
Se bem que as tristes andam escassas. Não tem mais crônica triste. É a triste lei de mercado. As bolsas caem e os preços sobem. As únicas crônicas que se escrevem agora é sobre o salário que caiu (junto com a bolsa). Ou foi a crônica que subiu?

O problema são os commodities de idéias, alguns dizem. Se as idéias andam escassas, já não se faz mais crônicas. Preguiça em alta, idéias em baixa. Danou-se!

Mas de vez em quando sobra uma idéia no fim do mês e compra-se uma ou outra crônica.

Essa aqui eu comprei baratinho. Só pra fazer mimo...