24 dezembro 2006

Baralho da vida

Metáfora é uma coisa que tem feito parte da minha vida, e tenho jogado com elas de um jeito que me faz parecer estranho diante de mim mesmo.

Falando nisso tenho jogado bastante, e venho pensar sobre as cartas que a vida tem me jogado, e como todo jogo que se preza, eu tento retribuir as cartas de volta, mas às vezes acho que ou eu não tenho cartas suficiente altas na mão, ou que no meu próprio baralho faltam cartas para jogar.
As cartas que vêm caindo na minha mão eu não tenho descartado e inclusive aproveitado várias delas como se todas fossem altas o suficiente para tirar uma vantagem nessa partida. Mas a carta que eu tenho procurado no baralho, a tal carta de copas não aparece, e inclusive muitas vezes comprando do monte acho que foi a própria carta que me descartou.

Acho q as "jogadas" da vida é metáfora e jargão bastante batido, mas que no momento em que minha consciência se encontra agora, em plena véspera de natal, acho que é apropriado o momento, porque os jargões e metáforas de natal e de ano novo estão todos aí pra confortar e receber a gente.

13 dezembro 2006

Às vezes eu fico pensando se eu espero chover ou se cuspo pra cima e espero descer na marra.
No nordeste os cabras esperam meses pra cair meia dúzia de pingos da água. Vida de Joinvilleno é foda, a gente só fica esperando a chuva, sabendo que ela vem. Isso é garantido. Aí fica pensando: "O tempo tá feio, será que eu levo guarda chuva?"
A resposta é sempre sim.
A pergunta que nunca me cala é se eu to preparado para qualquer tipo de chuva que há de vir. Se eu me molho ou se eu levo o tal guarda chuva.
O importante é que uma hora chove.

02 dezembro 2006

Felipe acordou tarde naquele dia, e imaginou que horas seriam. Sentiu a cabeça rodar e o estomago reclamar, sabendo que isso ainda era o resultado da bebedeira da noite anterior. Bebedeira essa que havia se tornado constante desde que Stella havia o abandonado.
Já tentara arrumar vícios e passatempos mais construtivos, mas no fim da noite sempre se vendo sozinho, pegava uma garrafa de vodka e se compenetrava a olhar para o copo turvo das marcas de dedos fosse arrumar alguma solução para os problemas de sua vida.
Nessa noite sabia que havia sonhado com Fernanda, antiga amiga que agora morava em Portugal. “Gostosa” pensou ele, ao levantar da cama lembrando da mulher alta de cabelos acobreados, lábios carnudos e olhos verdes como qualquer piscina jamais será.
Levantou-se e foi até a piscina beber água. Chegando lá, olhou ao seu redor e sabia que deveria se mudar o mais rápido possível, porque cada canto, cada talher lembrava-lhe Stella.
Pensou na saudade, vomitou. Trocou de roupa e foi passear na praia. Quando se encontrava na praia sentia-se totalmente diferente, sabia que o mar levava tudo de ruim que havia em si. Sentia-se bem novamente.
Resolveu ligar para Fernanda em Portugal para contar o sonho a ela. Ao chegar em casa abre a porta e se depara com Stella sentada no escuro da sala, aguardando a sua volta.
Ele, surpreso perguntava o que ela fazia ali, e ela respondeu calmamente: “voltei para casa”. Mais surpreso ainda Felipe sente suas pernas tremerem e pergunta qual o objetivo dela nisso tudo, e Stella responde que nunca deveria ter saído de casa.
Nervoso, Felipe pergunta a ela se sabia tudo o que ele havia passado nestes últimos tempos, e ela dizendo que sabia, e prometeu nunca mais ele passará por algo como aquilo.
Felipe então, surpreso com a sua própria reação diz que prefere viver na ilusão do amor platônico que o devorava a viver aquela situação novamente.
Levantou-se do sofá onde estava sentado com os olhos cheios de lagrimas, abriu a porta e pediu para Stella sair.
Stella então, saiu em direção à saída sentindo-se triste e surpresa com a reação de Felipe, não imaginando que ele chegaria à saída antes dela, pois havia pulado da sacada.

28 novembro 2006

26 novembro 2006

Nova Investida

Resolvi (como está escrito no describe dessa bagaça) criar um blog então pra passar um tempo. Sei lá o que se passa pela minha cabeça nesse momento.

Só quero deixar registrada alguma impressão minha aqui, e Deus sabe que muitas vezes essa impressão não vai ser boa.

Mas, vamos tentar.