02 dezembro 2006

Felipe acordou tarde naquele dia, e imaginou que horas seriam. Sentiu a cabeça rodar e o estomago reclamar, sabendo que isso ainda era o resultado da bebedeira da noite anterior. Bebedeira essa que havia se tornado constante desde que Stella havia o abandonado.
Já tentara arrumar vícios e passatempos mais construtivos, mas no fim da noite sempre se vendo sozinho, pegava uma garrafa de vodka e se compenetrava a olhar para o copo turvo das marcas de dedos fosse arrumar alguma solução para os problemas de sua vida.
Nessa noite sabia que havia sonhado com Fernanda, antiga amiga que agora morava em Portugal. “Gostosa” pensou ele, ao levantar da cama lembrando da mulher alta de cabelos acobreados, lábios carnudos e olhos verdes como qualquer piscina jamais será.
Levantou-se e foi até a piscina beber água. Chegando lá, olhou ao seu redor e sabia que deveria se mudar o mais rápido possível, porque cada canto, cada talher lembrava-lhe Stella.
Pensou na saudade, vomitou. Trocou de roupa e foi passear na praia. Quando se encontrava na praia sentia-se totalmente diferente, sabia que o mar levava tudo de ruim que havia em si. Sentia-se bem novamente.
Resolveu ligar para Fernanda em Portugal para contar o sonho a ela. Ao chegar em casa abre a porta e se depara com Stella sentada no escuro da sala, aguardando a sua volta.
Ele, surpreso perguntava o que ela fazia ali, e ela respondeu calmamente: “voltei para casa”. Mais surpreso ainda Felipe sente suas pernas tremerem e pergunta qual o objetivo dela nisso tudo, e Stella responde que nunca deveria ter saído de casa.
Nervoso, Felipe pergunta a ela se sabia tudo o que ele havia passado nestes últimos tempos, e ela dizendo que sabia, e prometeu nunca mais ele passará por algo como aquilo.
Felipe então, surpreso com a sua própria reação diz que prefere viver na ilusão do amor platônico que o devorava a viver aquela situação novamente.
Levantou-se do sofá onde estava sentado com os olhos cheios de lagrimas, abriu a porta e pediu para Stella sair.
Stella então, saiu em direção à saída sentindo-se triste e surpresa com a reação de Felipe, não imaginando que ele chegaria à saída antes dela, pois havia pulado da sacada.

4 comentários:

Anônimo disse...

ôrra! que texto do caralho, hein?

não sabia que eu ainda tinha amigos cabeça! me senti um inguinorante agora!

Thaís disse...

até tu.

Ins-pirada disse...

As sacadas nunca são altas o suficiente...

Anônimo disse...

puxa.....

que lindo esse texto raphael!!!!

quem conhece vc,e sabe desse seu jeitinho brincalhão.... extrovertido...sarcastico....não espera esse texto postado ai!!!!


vc me surpreendeu!!!!!!!!!